ONGs temem aumento de abandono animal com transferência de secretaria em Ribeirão Preto

A mudança da Secretaria da Cultura, que atualmente fica no Morro do São Bento e que será instalada no Centro Cultural Palace até março deste ano está preocupando protetores de animais de Ribeirão Preto (SP). Segundo eles, a transferência pode favorecer o abandono de cães e gatos no lugar.

O Morro do São Bento foi palco da matança de 46 animais, sendo 39 gatos, seis gambás e uma cadela em maio do ano passado e mesmo após o crime, protetores garantem que o abandono no local continua.

Segundo a presidente da Associação Vida Animal (AVA), Maria Cristina Dias, a saída da secretaria no local gera insegurança, pois nem mesmo a presença do órgão municipal consegue coibir o abandono. “Mesmo com a secretaria lá, existe um descaso, casos de vandalismo com os prédios e as áreas ambientais, além do abandono”, disse.

Veja fotos de animais abandonados no local

Para a presidente da Cãopaixão, Ana Claudia Garcia Vicente a presença constante dos funcionários da secretaria inibe o abandono. “É mais difícil as pessoas abandonarem animais sabendo que existem pessoas que estão lá diariamente, que observam tudo, que estão atentas ao problema”, afirma.

“ O local já é inseguro naturalmente e piora sempre, já que não há segurança”, diz a presidente do Projeto Murilo Pretinho, Flávia Frederico. Para a protetora, o abandono não só no Morro do São Bento, mas como na cidade toda está aumentando consideravelmente desde agosto do ano passado. “Estamos retomando o que vivíamos há quatro anos, quando não tínhamos nenhum apoio, o município não se preocupa”, afirma.

Promessas não cumpridas

As três presidentes de ONGs de proteção são unânimes em dizer que as promessas feitas pela prefeitura após a matança dos animais não foram cumpridas.

“Estudaram a possibilidade de se instalar câmeras de segurança, melhorar a iluminação, colocar a guarda municipal 24 horas e cerca para transformar o local em um parque, mas nada, absolutamente nada foi feito”, diz Flavia.

Segundo as protetoras da Ava e da Cãopaixão, a causa retrocedeu no dialogo com poder público. “Não respondem aos nossos chamados, não existe mais conversa, nem ação nenhuma vinda do município”, diz Maria Cristina.

Outro lado

Procurada pelo EP Ribeirão, a assessoria da prefeitura confirmou a saída da secretaria do Morro do São Bento e informou que a mudança deve ser feita em março. O local deve se tornar um espaço cultural utilizado para exposições e outros eventos.

Sobre as acusações das protetoras, a prefeitura não se posicionou.

Fonte: ANDA

 

Raiva: proteja seu bicho da doença

Saiba o que fazer para evitar que seu cachorro ou gato contraia raiva, doença que tem mais casos em agosto.

Você certamente já deve ter ouvido alguém dizer que “agosto é o mês do cachorro louco”. Embora a expressão pareça brincadeira, como a maioria dos ditos populares, esse também se baseia em um fato verdadeiro: este mês em que aumentam os casos de raiva, principalmente entre os cachorros. “Nesta época, há mais cadelas no cio. Na disputa por elas, os machos brigam, aumentam a transmissão”, explica o veterinário homeopata Marcos Fernandes, da clínica Mooca Pet Center, em São Paulo.

A doença, que não tem cura, pode ser transmitida pela saliva de animais infectados e pode causar até a morte. Confira abaixo as dicas do Dr. Marcos Fernandes para se proteger (e também seus animais) da raiva.

Raiva – Tire suas dúvidas sobre a doença:

O que é a raiva?
É uma doença infectocontagiosa provocada por um vírus, também conhecida pelo nome de hidrofobia, que causa a morte do animal contaminado.

Que animais podem contrair a raiva?
Os mamíferos, ou seja, qualquer animal que mama (cão, gato, vacas, cavalos, morcegos, etc.) – inclusive o ser humano.

Como a raiva é transmitida?
Através do contato com a saliva contaminada. A maioria dos casos acontece por meio de mordidas de animais com raiva.

Quais os sintomas da raiva?
Medo ou aversão à água, salivação excessiva e distúrbios neurológicos como convulsões, tonturas, dificuldade para caminhar e falta de coordenação motora. Os sintomas são os mesmos para bichos e pessoas.

Existe tratamento para raiva?
A raiva não tem tratamento. Quando o diagnóstico é confirmado, o cão ou gato infectado precisa ser sacrificado, no próprio consultório veterinário.

A raiva pode matar seres humanos também?
Há relatos de pessoas que sobreviveram à doença, mas tiveram sequelas. Felizmente, o último caso confirmado de raiva no Brasil aconteceu há mais dez anos.

O que fazer se for mordida ou arranhada por um animal suspeito de ter raiva?
A primeira coisa é procurar um hospital para avaliação médica. Se o médico entender que há probabilidade do paciente ter contraído raiva, ele fará um curativo e aplicará o soro antirrábico (que é a garantia contra raiva). Antigamente, o paciente levava 20 injeções na barriga – hoje, é só uma.

E o dono do animal?
Ele deve levar o gato ou cachorro ao veterinário para confirmar ou não o diagnóstico de raiva. Se o cão tomou vacina antirrábica, é praticamente nula a possibilidade de o indivíduo ou animal atacado contrair raiva.

Como protejo meu bicho de estimação da raiva?
Com vacina antirrávica, que deve ser reaplicada todo ano e é oferecida de graça no Centros de Controle de Zoonoses. No veterinário, a aplicação custa entre R$20 e R$40. Além disso, impeça o acesso do animal à rua, especialmente em agosto.

Fonte: mdemulher